terça-feira, 23 de junho de 2009

Complementando a Ficha de Leitura com outras leituras

O presente artigo não só tem como título a seguinte questão “Será pública a escola pública?”, como também se baseia nela, apresentando um conjunto de factores que fazem com que o autor coloque a questão.
Em primeiro lugar, o autor menciona as duas ambiguidades contidas no título: quando se refere à escola pública, refere-se à escola estatal; quando questiona se é pública a escola pública, refere-se ao facto de, quer o interesse público (interesse de toda a sociedade) quer os interesses do público (interesses dos alunos e suas famílias) se sobrepõem aos interesses de outros sectores, principalmente os da classe docente e da não docente.
Respondendo directamente à questão que apresenta “Será pública a escola pública?”, afirma que esta o será caso seja financiada por fundos públicos e o seu titular forem os poderes públicos. Contudo, a resposta não deve ser tão simplista como esta, sendo necessário fazer uma distinção entre escola pública (está ao serviço do interesse público) e escola estatal (está ao serviço dos interesses do Estado).
Apesar das divisões existentes em torno da abrangência da designação escola pública no sentido de englobar também a escola privada concertada concluem que a lei e o financiamento só por si não bastam. Segundo Enguita, a lei e a titularidade estatal não basta para garantir que efectivamente esta seja pública. Pois, o que tem acontecido no último decénio, e o que define por apropriação, é que os interesses públicos foram subjugados a interesses privados e corporativos. Apresenta assim seis aspectos que denotam esta questão:
i) Não tem havido uma única reforma do calendário escolar que não tenha consistido em reduzi-los;
ii) Parte-se do pressuposto que os professores dedicam grande parte do seu tempo pago à preparação das aulas e desenvolvimento profissional, o que acaba por não acontecer. Pois, não existem mecanismos legais que os obriguem a fazê-lo;
iii) As tentativas inovadoras das Administrações em responsabilizar o professor por algo que não seja a sua turma/sala colidem com a resistência dos mesmos. Pois, os professores continuam apegados ao manual escolar e tudo o que se prenda com propostas que considerem a diversidade entre alunos e o envolvimento do meio, ficam pelo papel;
iv) Apesar de outorgada a autonomia às escolas e assegurada a gestão democrática das mesmas, os professores continuam indiferentes à sua própria participação e hostis em relação à participação de outros na direcção;
v) A direcção da escola como instituição tem-se desmoronado, enquanto que o domínio por parte do professor, que detém o poder sobre a sua turma, aumenta. Perante esta situação resta aos directores escolher entre serem meros administradores sem objectivos, ou entrar em conflito com os seus colegas. Daqui resulta que as escolas se constituam apenas como uma súmula de professores;
vi) Coloca-se em evidência o imobilismo dos professores, motivo pelo qual o ensino se tornou num cenário sem incentivos.
São estes aspectos que levam este autor a afirmar que, apesar o ensino público viver actualmente um fogo cruzado, o seu inimigo está no seu interior e não no seu exterior. A escola é para os professores apenas um local de trabalho sem entusiasmo, motivo pelo qual as famílias fugiam para as escolas privadas.
Para o estado em que se encontra a escola pública actualmente, Enguita apresenta três motivos: a feminização (pelo facto de terem de conjugar o emprego fora de casa com trabalho dentro de casa, procuram uma profissão de obrigações reduzidas mas de salários completos); a desvocacionalização, pois já não é professor quem sente que tem vocação para tal, mas quem não tem média para aceder a outras áreas; e a dinâmica sindical, a qual deve reivindicar mais por menos, visto este ser o denominador comum.
Não se pode, no entanto, ignorar que existem excelentes profissionais, sendo estes que constituem um factor de esperança.

ENGUITA. “Será pública a escola pública?” (2008). PARASKEVA, J. M. et al. Educação e Poder. Abordagens críticas e pós-estruturais. Mangualde: Edições Pedagogo.

Elaborado por: Elisa Carvalho

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Complementando a Ficha de Leitura com outras leituras

PELLANDA, Nize Maria Campos. (2006). “Inclusão Digital como Estratégia de Enfrentamento às Políticas Neoliberais”. In: Paraskeva, J. M et al. Currículo e Tecnologia Educativa. Mangualde: Edições Pedago. Vol. 2. p. 265 - 279.

Elaborado por: Mercedes Reis

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Leituras Recomendadas: A Escolaridade e a Exclusão Social

Multiliteracias e identidade

DANIELA GOMES
ARGUMENTO:Neste pequeno podcast vão encontrar um pouco daquilo que sou e aquilo que me feliz….

GUIÃO TÉCNICO:









PODCAST:
REFLEXÃO:
Confesso que já não é a primeira vez que trabalho com esta ferramenta comecei a utiliza-la por mera curiosidade, queria descobrir para que servia e aventurei-me! Contudo não é uma ferramenta que utilize com grande frequência, dai ainda a minha ignorância acerca de alguns passos. É sem dúvida uma meio interessante e divertido de fazer vídeos alternativos cheios de cor e efeitos.
O se não deste trabalho foi mesmo conseguir organizar-me para em apenas um minuto falar de mim, ou melhor dar-me a conhecer. Foi difícil, surgiram perguntas em como fazer? O que fazer? O que dizer? Acabei por optar mais por aquilo que as palavras dizem acerca de mim e não tanto pelas imagens. Foi uma tarefa que a princípio causou uma cerca ansiedade, receio e dúvidas em procurar saber qual seria o resultado final, receios e dúvidas que foram desaparecendo com o colmatar da tarefa.
Foi uma experiência enriquecedora e significativa pois pôs-me a pensar naquilo que é de facto importante para mim e despertou ainda mais o meu interesse por esta ferramenta e tudo que envolve estas novas tecnologias.

Multiliteracias e identidade

LUCIANA SOUSA

ARGUMENTO: Neste simples filme podemos ver algumas coisas que eu gosto de fazer e que me fazem feliz, principalmente o facto de viver de forma espontânea e alegre sendo que é assim que eu encontro a minha felicidade, vivo na busca constante da Felicidade.

GUIÃO TÉCNICO:






PODCAST:

REFLEXÃO:

Quanto à realização deste podcast, posso dizer que foi uma novidade para mim trabalhar com esta ferramenta pois nunca tinha usado antes, não usei anteriormente simplesmente porque tudo que esteja relacionada com tecnologia não desperta muito o meu interesse. Não sou pessoa que esteja muito ligada ao computador, muito sinceramente só o utilizo mesmo quando necessito para os trabalhos, não sou curiosa em relação a todo o tipo de ferramentas e materiais que hoje em dia a tecnologia dispõe.
Mas por outro lado, posso dizer que gostei da experiência, apesar de estar com algum receio no início devido à minha ignorância neste campo, acho que consegui com algumas dificuldades elaborar o meu pequeno vídeo, sei que é um vídeo simples não possui nenhuma novidade e nem causa nenhum impacto, mas estou orgulhosa de mim mesma, porque mesmo assim consegui realizá-lo.
O único aspecto negativo que eu vejo em relação à elaboração deste podcast foi o facto de me “obrigar” a estar mais de uma manhã em frente ao computador, coisa que eu não gosto, mas que foi necessário para poder elaborá-lo. De resto, apesar de ter sido uma novidade deu-me gozo fazê-lo e despertou em mim a curiosidade de querer saber mais sobre esta ferramenta, mas também o objectivo desta unidade curricular é mesmo esse, é despertar em nós a curiosidade pelas tecnologias.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Multiliteracias e Identidade

ELISA CARVALHO
ARGUMENTO:
“Um ano da minha vida” é a forma pela qual pretendo unir algumas das coisas que hoje me identificam: a Licenciatura em Ciências da Educação; a função de Mediadora Sócio-Educativa num Agrupamento de Escolas; o gosto em sentir-me útil, manifesto no nas actividades de voluntariado. O modo pessoal como vivo tudo isto é representado por um Caranguejo, imagem que, associada ao meu signo, utilizo para me definir.

GUIÃO TÉCNICO:


PODCAST:



REFLEXÃO:

Para chegar até aqui foi necessário enfrentar alguns medos. No entanto, apesar da insegurança inicial causada pelo receio de trabalhar com novos programas/novas ferramentas, a elaboração do Podcast revelou as suas potencialidades, apresentando-se como uma ferramenta a utilizar quer na esfera pessoal, quer profissional.
Em primeiro lugar, o facto de ser um Podcast identitário, proporcionou um contacto comigo própria, o qual se perde muitas vezes na correria do quotidiano.
Quanto às possibilidades de interactividade e diversidade, estas são de tal forma alargadas que estimulam a criatividade e originalidade.
É este o motivo pelo qual prefiro apontar aspectos menos positivos, em vez de apontar aspectos negativos. Pois, se por um lado o curto espaço de tempo ao qual nos tínhamos que restringir, obrigou a um grande esforço de síntese, este não traz apenas desvantagens. A capacidade de síntese, organização e articulação são também aqui trabalhadas e adequadas ao trabalho que se tem em mãos.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Multiliteracias e identidade

MERCEDES REIS

ARGUMENTO:neste pequeno vídeo podemos assistir a uma pequena apresentação de alguns aspectos, ao nível escolar, profissional e pessoal, da vida de Mercedes Reis, através de conjugação de imagens,de som e de palavras.

GUIÃO TÉCNICO:








PODCAST:
Mercedes Reis


Aspectos positivos: A criação técnica deste Podcast não foi difícil para mim pelo facto de já estar, de certo modo, familiarizada com estas ferramentas, que utilizei em outras ocasiões. A proposta da realização de uma actividade deste contorno torna-se enriquecedora, no fundo, porque nos coloca em reflexão pessoal e porque acaba por proporcionar, no final, um resultado visual e auditivo, esteticamente agradável sobre nós aos outros.
Aspectos negativos: Por outro lado, a selecção da informação e dos materiais a usar: as fotografias, a música e os comentários/texto, foi de facto a parte mais complexa pela exigência da compilação em 1 minuto (tempo limitado que nos foi imposto)dos materiais todos e também pela própria selecção dos materiais neste âmbito.
A escolha da construção deste Podcast com estas características deve-se ao facto de eu me sentir mais à vontade em me expressar e de dar a conhecer um pouco de mim desta forma.